
As atualizações no programa Minha Casa Minha Vida, especialmente a correção do valor dos imóveis para R$350.000,00 sem limitação geográfica, abriram espaço para um novo mercado. Veremos lançamentos nessa faixa de preços, tornando o mercado mais líquido. O FGTS, uma grande fonte de recursos para esses financiamentos, impulsiona essa mudança, diferenciando-se de outras linhas de crédito como o SBPE.
A segunda tendência que estamos observando é a probabilidade de um novo ciclo de alta nos preços dos imóveis. Isso se deve ao início do ciclo de queda da taxa de juros. Geralmente, quando a taxa de juros diminui continuamente e alcança um patamar mais baixo, o custo do crédito imobiliário também diminui, ampliando o acesso ao mercado para mais pessoas. Com mais compradores, é possível que ocorra uma valorização dos imóveis. É importante estar atento, pois a redução das taxas de juros muitas vezes coincide com a valorização dos imóveis. Recomendo cautela ao comprar e vender, pois as taxas de juros para o consumidor final devem começar a cair a partir do segundo trimestre de 2024, de acordo com os bancos. No entanto, isso depende de diversos fatores, incluindo inadimplência e disponibilidade de recursos. A tendência geral é de aumento nos preços dos imóveis.
O terceiro fator que estamos observando como provável é a continuação do ciclo de alta dos aluguéis. Assim como os preços dos imóveis tendem a se valorizar, os aluguéis também seguem essa tendência. Estamos percebendo uma oferta menor do que costumávamos ver, juntamente com uma demanda robusta. Com essa disparidade entre oferta e demanda, é natural que os preços subam, o que também deve ser refletido nos aluguéis.
Outra tendência que permanece é o mercado de alto padrão e luxo. Este mercado deve continuar próspero, como tem sido nos últimos anos. No Brasil, há uma demanda potencialmente maior do que a oferta para imóveis de altíssimo luxo e padrão. Grandes condomínios e propriedades com alto valor agregado tendem a se destacar no mercado, com uma demanda sólida desde o lançamento. Essa tendência é algo que devemos continuar observando de perto.
Esses fatores, por si só, devem atrair mais investidores para o mercado imobiliário. Além disso, com a queda das taxas de juros e a diminuição da rentabilidade de outras aplicações financeiras no mercado, é provável que mais investidores optem por investir em imóveis. Há também uma tendência crescente de pessoas buscando maior segurança para seus investimentos e diversificação de suas carteiras, o que favorece o mercado imobiliário como uma opção de investimento sólido e real.
Estas tendências indicam um mercado dinâmico e em crescimento para 2024, oferecendo diversas oportunidades para investidores, compradores e profissionais do setor imobiliário.